7.5.18

Armando Freitas Filho: "A tarde precipita sua cor"




A tarde precipita sua cor 
cai, no começo 
      no princípio da noite 
e o que ainda aqui resiste 
meio fera, ao precipício 
ficou na beira da taça 
que não suporta mais 
sequer um riso 
pois todo cristal está sempre
na iminência, um minuto antes
            de partir.





FREITAS FILHO, Armando. "A tarde precipita sua cor". In:_____. Uma antologia. Vila Nova de Famalicão: Quasi, 2006.

2 comentários:

Anônimo disse...

"A tarde precipita sua cor". Que verso incrível.

bea disse...

Seremos cristais. Talvez. Também estamos sempre na iminência.