23.11.11

Carlos de Oliveira: "Bolor"




Bolor

Os versos
que te digam
a pobreza que somos
o bolor
nas paredes
deste quarto deserto,
os rostos a apagar-se
no frémito
do espelho
e o leito desmanchado
o peito aberto
a que chamaste
amor



OLIVEIRA, Carlos de. Trabalho poético. Lisboa: Assírio & Alvim, 2003.

4 comentários:

Wagner Schadeck disse...

Que bonito poema!

Abraço

Necopinus disse...

Fosse eu editor de jornal, lhe proporia o seguinte projeto: toda semana o sr. escolheria um verso e faria o comentário e as ligações pertinentes. Seria um sucesso!

Arthur Nogueira disse...

poeta,

que beleza, parece cinema.

beijo grande,

ADRIANO NUNES disse...

Cicero,


lindo! grato por compartilhar!


Abraço forte,
Adriano Nunes.