6.12.07

Jorge Luis Borges: El suicida

Jorge Luis Borges

El suicida

No quedará en la noche una estrella.
No quedará la noche
Moriré y conmigo la suma
Del intolerable universo.
Borraré las pirámides, las medallas,
Los continentes y las caras.
Borraré la acumulación del pasado.
Haré polvo la historia, polvo el polvo.
Estoy mirando el último poniente.
Oigo el último pájaro.
Lego la nada a nadie.


De: BORGES, J.L. "La rosa profunda". In: _____ Obras completas. 1975-1985. Vol.2. Buenos Aires: Emecé, 1989, p.86.



O suicida

Não ficará na noite uma estrela.
Não ficará a noite.
Morrerei e comigo a suma
Do intolerável universo.
Apagarei as pirâmides, as medalhas,
Os continentes e as caras.
Apagarei a acumulação do passado.
Farei pó a história, pó o pó.
Estou olhando o último poente.
Ouço o último pássaro.
Lego o nada a ninguém.

6 comentários:

Unknown disse...

Que paulada! Os comentários sobre poesia são sempre poucos. Mas também, diante disso, o que dizer? Só um palavrão!

Anônimo disse...

ENTREVISTA: MERCEDES CABRERA Ministra de Educación y Ciencia
"No saber leer es peor que fumar"


http://www.elpais.com/articulo/sociedad/saber/leer/peor/fumar/elpepusoc/20071208elpepisoc_2/Tes

Anônimo disse...

supimpa, poeta porreta!

e condizente com uma discussão que vem rolando aqui há um bom tempo, né?

pois pois, assim sendo, não poderia deixar de concordar e de achar lindo o poema.

beijoca gostosa, querido!

Anônimo disse...

É isso que se chama solipsismo? Seria um Berkeley mais coerente, sem Deus? Essa temática é uma das recorrentes na obra de Borges, não?

Sebastião Ribeiro disse...

Mais que belo, este poema é imponente!

Marcelo C Rocha disse...

Tristemente belo este poema do Homero portenho.